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Cap. 5 - Bem-aventurados os aflitos

Acompanhe o estudo do evangelho segundo o Espiritismo através de um roteiro sistematizado de perguntas e respostas para cada item do capítulo.
Cap. 5 - Bem-aventurados os aflitos
Por Gilton Carlos 23/05/2024

Item 1. Bem-aventurados os que choram...
Pergunta: Que semelhança estas bem-aventuranças guardam entre si?

Resposta: As três bem-aventuranças referem-se à justiça. Tanto no sentido dos sofrimentos que particularmente passamos, por infrações as leis divinas, quanto aqueles advindos das lutas sinceras contra as injustiças no mundo. Mostra assim, Jesus, que a justiça é um dos atributos principais de Deus.

Item 2. Bem-aventurados vós que sois...
Pergunta: Como a pobreza, a fome e as lágrimas podem ser símbolo de alegria ou de uma condição feliz?

Resposta: Quando compreendidas no campo do Espírito. Isto é, as condições atuais são vividas para a aquisição das virtudes que geram a felicidade no espírito. As situações da encarnação são sempre temporárias e servem para a construção permanente do bem do espírito.

Item 3. Somente na vida futura...
Pergunta: Se as bem-aventuranças falam da justiça como um atributo de Deus, como podemos entender tanto sofrimento existente no mundo?

Resposta: Se Deus é justo, tudo que deriva de suas leis também devem ser. Jesus iniciou confirmando, os espíritos vieram depois detalhando. Explicam estes que pela lei de causa e efeito, hoje recebemos os reflexos de atos passados, tanto os realizados na presente como em anteriores existências. Assim, recebemos o que nos é de direito, de acordo com nossos atos. Eis o conceito de justiça.

Item 4. De duas espécies são as...
Pergunta: Uma reflexão sincera nos faz entender e aceitar que boa parte das dores e sofrimentos que passamos são resultado de nossas próprias escolhas. Por que, no entanto, muitos reclamam, acusam a Deus ou a outras pessoa pelas situações difíceis que passam?

Resposta: É uma atitude esperada do orgulho que não admite falhas em si, caso contrário estaria obrigado a reconhecer seus erros e suas imperfeições o que, em seu próprio conceito o colocaria abaixo dos demais, o que lhe é inadmissível. Por isso tantas vezes colocamos a culpa em qualquer outra coisa, menos nós mesmos. Este hábito, no entanto, diminuirá a medida que o senso moral se desenvolver, dando lugar a humildade no coração.

Item 5. A lei humana atinge...
Pergunta: Como as aflições atuam positivamente na educação moral dos espíritos?

Resposta: Sendo as consequências dos erros sempre desagradáveis, elas nos dão a noção do certo e do errado, do bem e do mal. Isto vai sendo aprendido de tal modo que, comentam os Espíritos, "os sofrimentos que decorrem do pecado são-lhe uma advertência de que procedeu mal. Dão-lhe experiência, fazem-lhe sentir a diferença existente entre o bem e o mal e a necessidade de se melhorar para, de futuro, evitar o que lhe originou uma fonte de amarguras".

Item 6. Mas, se há males nesta vida...
Pergunta: Entendemos que as aflições que surgem sem causa nesta vida são efeitos da justiça divina, com origem em vida anterior, que sempre encontra o infrator. Encontrando alguém neste estado, qual deve ser nossa atitude, deixar a lei seguir seu curso ou interferir para tentar mudar a situação? Neste último caso, não seria atentar contra a lei de Deus?

Resposta: A lei de Deus é ampla a atinge a todos. Se uns expiam por falta de amor, humildade ou caridade ocorridas no passado, aqueles que se deparam com espíritos nesta condição também estão sujeitos à mesma lei de amor. Deste modo, ser indiferente ou mesmo encontrar satisfação no sofrimento alheio é uma falta igualmente cometida que, por nossa vez, encontrará o momento certo para as reparações. Agir em nome do amor, para minorar ou mesmo eliminar a causa da aflição não representa combater a vontade de Deus (sua lei), porque o amor é o mandaento maior e, além disso, nada se faz sem sua permissão.

Item 7. Os sofrimentos devidos a causas...
Pergunta: Afirmam os Espíritos que "o homem sofre o que fez sofrer os outros". Nao é esta a lei de talião?

Resposta: Depende de como se entende esta lei. O sofrimento infringido deve remontar aos vícios e as virtudes, e não aos atos em si. Por exemplo, um senhor de escravos que, no passado humilhou e abusou da violência, hoje não poderia reencarnar na posição de escravo para sofrer as mesmas coisas, haja vista que este período sombrio já passou. Mas, ainda assim, poderá ter uma condição de vida na qual seu orgulho seja constantemente abalado, sentindo-se assim, constantemente humilhado, como o fez no passado. Assim devemos entender "sofrer o que fez os outros sofrerem".

Item 8. As tribulações da vida...
Pergunta: As dificuldades da vida, em virtude dos erros passados, são impostas ou escolhidas pelo espírito reencarnante?

Resposta: Afirmam os Espíritos que toda falta gera uma consequência, cedo ou tarde. Aquele que tem consciência e compreende seus erros, aceita e pede para que as tribulações sejam meios de reparar e de, ao mesmo tempo, melhorar-se. Aqueles outros endurecidos, correspondem a como crianças no início da vida que, sem consciência do que lhe é bom e proveitoso, tem nos pais aqueles que planejam e fazem escolhas em seu lugar.

Item 9. Não há crer, no entanto, que...
Pergunta: Há, além das faltas cometidas no passado, outra origem para os sofrimentos que passamos na atualidade?

Resposta: Sim. Podem ser simples escolhas de espíritos que querem fortalecer seu aprendizado, avançar, melhorar-se ainda mais, através destas provas. Na prática, as expiações propriamente são, quase sempre, acompanhadas de reclamação e revolta. As provações, por sua vez, frequentemente se encontram em corações resignados e humildes que sofrem as dores com verdadeiro testemunho cristão.

Item 10. Os espíritos não podem aspirar...
Pergunta: Se a felicidade não pode ser, de todo, sentida pelos espíritos imperfeitos, tornar-se assim um privilégio reservado aos puros espíritos?

Resposta: A felicidade completa é conquista intransferível dos que purificaram a si mesmo nas lutas em milenares encarnações. Os que ainda apresentam imperfeições a corrigir a sentem na medida de sua elevação. Assim, pode ela ser encontrada no bem que se pratica, na consciência tranquila de quem cumpre seu dever moral diante de Deus. Daí os Espíritos responderem quanto as leis de Deus que "o homem só é infeliz quando dela se afasta".

Item 11. Em vão se objeta que...
Pergunta: Em se pensando no esquecimento do passado, não seria mais proveitoso para o Espírito lembrar de suas vidas para ser mais senhor de seus atos e de suas responsabilidades, tendo assim mais certeza do que deveria corrigir?

Resposta: Este esquecimento, antes de tudo, é bem curto, considerando que na erraticidade e durante o sono do corpo esta memória é acessível. Aliás, neste período de vigilia na encarnação, é apenas o acesso as lembranças que é interrompido. Para uma alma equilibrada, que tenha superado seus dilemas e conflitos de consciência estas memórias não trazem inconvenientes. Para a maioria, no entanto, em luta consigo mesmo na solução dos problemas do orgulho, lembrar-se de seu passado traria mais dificuldade do que facilidades. Deus, portanto, que não se importa como o que fizemos no passado nos põe em novo ponto de partida, por assim dizer, para que começando do zero, possamos nos corrigir o que há de mau e fortalecer o que há de bom.

Item 12. Por estas palavras...
Pergunta: Como podemos, nos sofrimentos da vida, alterar a sintonia do pensamento passando da revolta e reclamação para a gratidão a Deus?

Resposta: Jesus afirmou "Bem-aventurados os aflitos porque serão consolados". Explicam os Espíritos que tal situação representa um sofrimento bem pequeno se comparado ao prejuízo causado. Situação equivalente a quitação de uma dívida com o pagamento de apenas um centésimo do valor total. Está aí uma forma de agradecer por passar por privações que, embora desagradáveis, pela bondade de Deus é bem menor que o que foi causado.

Item 13. O homem pode suavizar ou...
Pergunta: Onde está o caminho para aliviamos as aflições que passamos na existência, se não for possível alterar estas condições?

Resposta: Pelo modo de encarar os problemas que nos afligem. Colocando o ponto de vista na vida espiritual, qualquer tempo de dor na encarnação torna-se insignificante diante da imortalidade da alma. Sem esta visão, que dá novo sentido tira a força dos golpes que sofremos, tudo é mais difícil, haja vista que assim, não há esperança de término, nem utilidade real para a experiência dolorosa.

Item 14. A calma e a resignação hauridas...
Pergunta: Como a forma de encarar a vida terrena pode impactar na saúde mental e na prevenção ao suicídio?

Resposta: Os impactos que os problemas da vida têm em nós quardam relação direta com a importância que damos a eles. Entender que todas as experiências, principalmente as difíceis, tem o objetivo de desenvolver em nós a bondade, a fé, a paciência, a humildade, a caridade, a gratidão, por exemplo, tira o domínio destas dificuldades sobre nós. Assim, temos apenas no modo de ver a vida uma profilaxia contra o desejo de fugir dos problemas tirando a própria vida, mantendo o equilíbrio emocional e mental. Não ignoremos, no entanto, que em alguns casos uma condução profissional seja útil para solução.

Item 15. O mesmo ocorre com o suicídio...
Pergunta: Por que o desencarne em caso de embriaguez, ou outros vícios, são considerados também uma forma de suicídio?

Resposta: Este conceito está ligado a interrupção da própria vida, antes do tempo marcado por Deus. Isto pode se dá de maneira consciente ou inconsciente, voluntário ou involuntária. O fato de o fim da vida se dar gradualmente, por consequência de abusos e de vícios, não tira a caracterização de suicídio, mesmo sendo uma atitude inconsciente.

Item 16. A incredulidade, a simples dúvida...
Pergunta: Em que se fundamenta o desejo de recorrer ao suicídio para solução de sofrimentos da vida e como o Espiritismo pode auxiliar na prevenção de tais atos?

Resposta: As ideias materialistas, isto é, que nada existe após esta vida reforçam o pensamento de fugir das dores do mundo, pelas portas do suicídio, uma vez que afirma que tudo vai se acabar. No entanto, se o materialismo cogita do porvir, o Espiritismo prova, pelos fatos e por testemunhas que a vida continua. Desta forma, entendendo a vida espiritual, as razões da situação atual, feliz ou infeliz e seus objetivos, tomamos força para encarar as aflições. Esta força é chamada pelos espíritos de "coragem moral".

Item 17. O Espiritismo ainda produz...
Pergunta: Que diferença em relação a outras doutrinas materialistas e espiritualistas, o Espiritismo traz de contribuição para prevenção do suicidio?

Resposta: Além da abordagem científica no tratamento das manifestações dos espíritos, em relação ao suicídio, para afastar qualquer dúvida das consequências deste ato, apresenta os testemunhos daqueles que tiraram a própria vida, provando as consequências sempre infelizes e terríveis àqueles que encurtaram o tempo de sua  encarnação.

Item 18. Quando o Cristo disse...
Pergunta: Embora tenha afirmado que quem está sofrendo é bem-aventurado, por que estas palavras não se aplicam a todos que sofrem?

Resposta: Porque há diferença de sofrer. Há os que sofrem bem e os que sofrem sem proveito. Este proveito, refere-se as conquistas possíveis para o Espírito que aquela situação pode oferecer. Aflição serve para o exercício de fé, humildade, perseverança, calma, paciência etc. Aqueles que assim a aproveita são os bem-aventurados referidos por Jesus. Os que, por outro lado, nelas vivem carregados de revolta, acusações e reclamações contra a providência mostra que ainda precisa de mais algum tempo para aprender estas virtudes, habilitando-o às mesmas experiências no futuro, até o aprendizado definitivo.

Item 19. Será a Terra um lugar de...
Pergunta: Por que Santo Agostinho recomenda a fé para os males que passamos na Terra?

Resposta: Como dado pelos Espíritos, colocando o ponto de vista na vida espiritual, as ocorrências da vida atual são reduzidas ao seu tamanho real, muito pequeno, aliás. É a fé que põe o horizonte de nossa existência para além do túmulo, onde "se esvaem os poucos dias brumosos" da vida presente. Só esta confiança no futuro pode infundir a esperança que nos leva a suportar um pouco mais, uma hora a mais, um dia de cada vez, ou uma vida inteira, as provações e as expiações que nos cumpre passar.

Item 20. Não sou feliz! A felicidade...
Pergunta: Se, na Terra, a felicidade não está na riqueza, no poder, na juventude, se entre as pessoas pobres e ricas ela não pode ser encontrada, em que consiste este conceito, será impossível ser feliz em nosso planeta?

Resposta: Estas condições, representam situações temporárias. A felicidade, direito dos espíritos que hajam alcançado a perfeição é uma condição permanente. Concluímos assim que, nenhuma condição material pode garanti-la. Remontemos a questão sobre a lei natural e entenderemos que somente a vida em harmonia perfeita com as leis de Deus podem garantir a felicidade. Cumpre-nos, desta forma, o esforço constante para dia a dia vivenciar a paciência, a indulgência, o perdão, a caridade e estaremos no caminho que leva a felicidade a ser uma constante em nosso planeta.

Item 21. Quando a morte ceifa nas...
Pergunta: Por que é tão difícil aceitar a morte de pessoas jovens, de crianças? Por que sentimos tanto?

Resposta: Aqui devemos fazer uma distinção inicial. Primeiramente, tanto mais difícil é a perda de entes amados, quanto se não incorporou em si a fé e a consciência da vida espiritual. Quanto mais voltados à vida material, mais dolorosa qualquer separação deste tipo. Daí concluímos que àqueles que, mais que crêem, sabem da vida contínua do Espírito, mais suave é o luto. Ao passo que para quem não crê, resume seus sentimentos ao fato de ter sido privado da companhia de algum amado, sem ter em conta as razões de Deus. Então, em segundo lugar, para quem entende o planeta como um mundo de sofrimento e que quanto mais tempo aqui mais dolorosa se torna a existência, alegra-se com a partida, pois sabe que isto não significa perda, destruição, mas alívio para aquele que parte. O luto, período de readaptação natural, torna-se fase de saudade e lembranças, sem revoltas ou reclamações.

Item 22. Falando de um homem mal...
Pergunta: Como a morte de uma pessoa boa pode ser um prêmio para ela?

Resposta: A vida na Terra, tem sido dito, é resumida nas dores relativas as expiações e as provas. Aquele, portanto, que está aqui deve ter a ciência de que está cumprindo um período de reparação, correção, resgate. Pois bem, para aquele que, pela sua boa condulta, pelo bem que praticou saldou seus débitos, por que teria que continuar sofrendo? Liberta-se o prisioneiro quando haja saldado seus débitos com a sociedade, da mesma forma que o espírito não precisa mais ficar cativo no corpo material, se cumprou o que lhe estava programado.

Item 23. Vive o homem incessantemente...
Pergunta: Por que o ciúme, a inveja e tantos outros sentimentos deste tipo são considerados tormentos voluntários?

Resposta: Em suma, porque podem ser evitados e não representam necessidade de cultivo, a pretexto da expiação que deve passar. Isto é, um espírito encarnado na Terra, se não fosse invejoso ou ciumento, ainda assim estaria passando pelos efeitos de seus atos passados. Estes vícios vêm em adição a tudo o que já deverá passar. Portanto, muito mais reduzido será o sofrimento de quem combate em si estes descontentamentos, vamos chamar assim, pelas conquistas e alegrias dos outros.

Item 24. Toda a gente fala da desgraça...
Pergunta: Por que a verdadeira desgraça é apresentada como o que conhecemos na terra por alegria, satisfação, prazer etc.?

Resposta: Mais uma vez, é o ponto de vista sob o qual colocamos as coisas. Para saber se algo é bom ou ruim, precisamos saber das consequências que trará. Estas consequências, por sua vez, quando vistas do ponto de vista do espírito tomam novo significado. Analisemos se este ou tal fato desagradável resultará em aquisição de alguma virtude para o Espírito. Ainda, se os risos e distrações de agora, agradáveis, não estarão entorpecendo a alma? Deste modo, poderemos avaliar a coisas sob um olhar mais justo da realidade.

Item 25. Sabeis, por que, às vezes...
Pergunta: A que se refere o termo melancolia?

Resposta: A melancolia era um palavra usada até o século 19 para designar o que hoje chamamos depressão. Aqui os Espíritos reportam às causas espirituais como um abatimento, falta de força e vontade ante as tentativas de fugir do sofrimento na encarnação. E estas causas espirituais acabam por refletir no corpo que lhe é um meio de expressão.

Item 26. Perguntais se é lícito ao homem...
Pergunta: Em que situação sofrimentos adicionais, além dos que já estão planejados para a encarnação, podem ser úteis?

Resposta: Lembremos aqui ainda no mandamento maior. Todo trabalho que se toma por amor ao próximo encontra mérito e valor para o Espírito. O contrário se dá quando busca-se satisfação para os interesses próprios apenas. O primeiro é a caridade pura o segundo é o puro egoísmo.

Item 27. Deve alguém por termo às provas...
Pergunta: Por que agir no sentido de minorar os sofrimentos de uma pessoa que sofre está conforme as leis de Deus, embora este alguém sofre justamente pela lei que infringiu? Não é melhor deixar que sofra sozinho e que salde sua dívida?

Resposta: A lei de Deus é para todos e se, a lei de Justiça é um de seus fundamentos, o amor é o mandamento maior. Assim é que, embora as dores e sofrimentos sigam seu curso no mundo, independente de nossa ação, também a lei de amor nos chama a agir para diminuí-las.

Item 28. Um homem está agonizante...
Pergunta: Por que adiantar o desencarne de alguém que sofre sem esperança não constitui um ato de caridade?

Resposta: O pensamento materialista e a falta de visão da vida em seu sentido mais amplo podem sugerir a eutanásia como um ato de misericórdia. No entanto, desde que se conheça a vida espiritual, a preexistência da alma, a lei de causa e efeito e a lei de amor, compreenderemos que tais situações podem ser muito úteis, até o último momento, tendo em vista o que de bom poderá advir daí, como por exemplo, o arrependimento, uma boa resolução, o despertar da fé, as sugestões do perdão etc. Tudo isto fala às virtudes da alma que, em se adentrando novamente o mundo dos espíritos encontrar-se-á mais fortalecida para os recomeços necessários.

Item 29. Aquele que se acha...
Pergunta: Pelo caso explanado, podemos inferir haver alguma situação que haja mérito morrer em um campo de batalha?

Resposta: O caso explicado refere-se a alguém que não está satisfeito com sua vida e não quer suicidar-se voluntariamente, procurando colocar sua vida em risco e assim pintar um quadro de suicídio com cores de heroísmo. São Luiz comenta que servir ao país em vida é mais útil que dar a vida por ele, a pretexto de sacrifício por uma causa. O mérito "consiste em não temer a morte, quando se trate de ser útil, em afrontar o perigo, em fazer, de antemão e sem pesar, o sacrifício da vida, se for necessário".

Item 30. Se um homem se expõe...
Pergunta: Poderíamos dizer que, semelhante a este caso, os sacrifícios em favor de alguém, como os que vimos por muitos profissionais e voluntários na pandemia da COVID-19, sabendo-se do elevado risco de morte, também não caracterizam um ato suicida?

Resposta: Como explica São Luiz, só há suicídio quando já intenção de tirar a própria vida. Atitudes nobres de auxílio aos outros constitui grande mérito por serem demonstração de caridade, devotamento e muito amor.

Item 31. Os que aceitam resignados...
Pergunta: Como podemos, por nossa vez, aproveitar as atitudes de outros que vivem bem suas provações e expiações?

Resposta: Tomando o bom exemplo como certeza de que é possível também para nós, cultivar a resignação e a paciência. O convívio entre espíritos de diferentes elevações tem exatamente este objetivo. Aprendendo uns com os outros, todos se encaminham para as posições superiores onde os sofrimentos não existem, mas reina a felicidade.